Enegia vital

Enegia vital
Enquanto a energia da Terra se sutiliza, nos também devemos voltar à Luz...

terça-feira, 21 de agosto de 2018

À procura de Nicéia (I)




Um novo começo?

Todos que comigo convivem sabem que adoro escrever – tanto que minha formação acadêmica aconteceu no curso de Jornalismo da Faculdade de Comunicação Social Casper Líbero, em São Paulo. E, durante muitos anos, atuei nessa área profissional até que, nas curvas do destino, minha vida tomou outra direção. Mas é interessante notar que vivemos situações que, independentemente de nossa vontade, não conseguimos prever.

Enquanto jornalista, trabalhei na redação da revista Planeta, da Editora Três, o que me levou a entrar em contato com uma segunda paixão: as terapias alternativas (ou naturais, ou complementares, ou qualquer que seja o nome que se lhes dê), esoterismo, ocultismo e outros assuntos correlatos. Hoje em dia, isso tudo está mais que na moda; mas, à época em que trabalhei na Três, a Planeta era uma das poucas publicações brasileiras que se atrevia a tratar desses assuntos – classificados, então, como controversos.

Busca pelo autoconhecimento, tratamentos alternativos, magia, energia das formas... eram tantos e variados os temas abordados que muitos “buscadores” se sentiam atraídos por aquelas informações – que, contudo, não interessavam à grande maioria da população. Eram tempos em que o saber relacionado ao mundo “sobrenatural” se mostrava mais “esotérico” do que “exotérico”.

Atualmente, ao contrário daqueles tempos, temos especialistas em áreas antes nem sequer imagináveis pelo grande público. Porém, com o advento da internet e a consequente globalização das informações, hoje vemos seguidores de mestres em todos os segmentos: fitoenergia, expansão cósmica da mente, cura quântica, contatos com outras dimensões, terapia com cristais, radiestesia, radiônica... e por aí vai.

Não, não sou de modo algum contrária à abertura e expansão de conhecimentos até bem pouco tempo atrás considerados herméticos, reservados à iniciação de uns poucos elementos que tinham o privilégio de poder entrar em contato com realidades desconhecidas pela grande maioria. O que me deixa estarrecida mesmo é a proliferação de “mestres”...

Como “buscadora” que sou, desde muito cedo alguns assuntos atraíam minha atenção, sem nem bem eu saber o que realmente procurava. Lembro de um sonho recorrente, que me acompanhou por um tempo quando eu ainda frequentava a escola primária (os mais velhos vão entender bem a que estou me referindo; aos mais novos, tenho de explicar que, ao primário do meu tempo, corresponde hoje o ensino fundamental).

Sempre que algum fato ou situação me aborrecia durante o dia, sonhava à noite que estava observando nossa casa do alto dos fios elétricos que passavam na rua, e não havia jeito de eu descer ao nível do chão – mesmo que tentasse fazer essa manobra com toda a determinação. Então, por um tempo, lá ficava eu olhando do alto para nossa casa, sem saber o que fazer naquela situação. 

E outro sonho de que também me lembro tinha a ver com “os véus de Ísis”, quando ainda nem conhecia essa deusa da mitologia egípcia. Por isso, trabalhar na década de 80 na revista Planeta foi para mim uma bênção. E foi também essa a razão de minha vida ter seguido um curso diferente daquele que eu tinha planejado, quando, em 2006, deixei o Jornalismo para me tornar massoterapeuta.

Sim, antes de assumir essa mudança me preparei fazendo cursos de cristaloterapia, shiatsu, quick massagem, massagem e manipulação quiroprática, auriculoterapia, reiki, e tudo o mais que me possibilitaria me tornar uma profissional competente. E, durante o período em que exerci essa profissão, acredito que pude amealhar muita aprovação pelo bom desempenho junto às pessoas que foram por mim atendidas.

E agora, aos 63 anos, me vejo voltando à paixão original – o gosto pela escrita –, com o acompanhamento do conhecimento que consegui amealhar desde os idos tempos quando me reconheci uma “buscadora de mim mesma”. Desde que iniciei meu desenvolvimento mediúnico – necessidade que identifiquei aos 16, mas que só comecei a concretizar aos 26 –, foram décadas de aprendizado (nem sempre da forma mais fácil) sobre “quem sou”, “de onde vim”, “para onde vou”, “qual minha missão na vida”...

O que pretendo relatar neste blog é somente a experiência na minha busca pelo autoconhecimento. Não sei se algumas delas poderão servir para que as pessoas reconheçam o que acontece com elas mesmas. Nem sei se serão relevantes a ponto de atrair a atenção de muitos interessados... Só quero que saibam que não tenho a pretensão de me tornar “mestre” de ninguém, nem guru nem guia nem “servir de exemplo”...

Só quero partilhar com vocês meus medos (muitos dos quais já foram superados, graças a Deus!), minhas descobertas, minhas dúvidas, minhas resoluções, meu deslumbramento com a visão desdobrada – não, não “vejo” nada além da realidade, mas me concentro em admirar o que a vida tem de melhor, no momento. Enfim, vou procurar mostrar os caminhos e descaminhos que me levaram a ser quem é Nicéia (eu) no tempo presente.

Será que estou sendo muito pretensiosa? Espero que não... Mas é que não me sai da cabeça aquele pensamento chinês que diz que o homem (o ser humano), para marcar sua passagem pelo mundo, tem de ter um filho, plantar uma árvore e escrever um livro. Bem, ter um filho, não tive; plantar uma árvore, ainda dá tempo; e, quem sabe, eu possa transformar esses escritos em um livro... Pelo menos de três, eu ainda posso deixar dois marcos na vida, né?

sábado, 4 de agosto de 2018

Fiapos de pensamento (I)




A diferença entre o saber e o vivenciar


Por estes dias, assistindo a alguns vídeos sobre uma “Semana de prosperidade”, comecei a pensar na sutil diferença que percebi numa definição de conhecimento e sabedoria: “Sabedoria é o conhecimento que é aplicado”. Pois é... Muitos dos conhecimentos veiculados naqueles vídeos eu já conhecia – o que ainda não havia feito, era vivenciá-los!

Por anos a fio, venho me dedicando a ler livros e mais livros com o intuito de “aperfeiçoar meu espírito”, “promover meu desenvolvimento espiritual”, “me tornar uma pessoa melhor” e “cumprir minha missão de vida”... Mas, só há pouco tempo, me dei conta de que tenho vivido em função do futuro – parecia que sempre faltava saber alguma coisa mais para estar preparada para dar início à tal missão.

Contudo, ouvindo a palestra do coach da Prosperidade, me dei conta de que o empecilho ao total desenvolvimento do meu ser era minha “mente bloqueada e sonhadora”! A grande sabotadora na realização de meus projetos sou eu mesma... Difícil digerir isso, não é? Pior ainda quando me dou conta de que esta é uma realidade que há muito eu conhecia.

Acredito que era pouco mais que adolescente quando assisti a um filme que envolvia rituais de índios americanos: um xamã instruía o neto a passar pelas provas que o tornariam seu sucessor. Do alto de um penhasco, o rapaz descia por uma corda até a entrada de uma caverna. Não poderia regressar pelo mesmo caminho; para sair da caverna, deveria vencer seu pior inimigo. Com a visão já acostumada à falta de iluminação do local, ele sente sair de si uma espécie de luz, que se condensa formando uma réplica perfeita do próprio rapaz. Seu pior inimigo era ele mesmo!

Quando alguém nos diz algo parecido, muitas vezes classificamos isso de “insanidade”... Porém, já parou para pensar naquelas pessoas que, apesar de todas as disposições em contrário, se saem vitoriosas em situações cujos obstáculos teriam feito muitos outros desistirem? Pois é: a mente vitoriosa não toma as dificuldades como empecilhos, mas, sim, como desafios a serem vencidos.

Estou “chovendo no molhado”? Pode ser... Só que hoje uma amiga me contou sua pequena/grande vitória sobre si mesma, passando a colocar o respeito por si como essencial para estruturar o relacionamento com outras pessoas – sejam familiares, ou não. E isso me fez pensar que, muito mais que de conhecimento, as mudanças em nossas vidas dependem mesmo é de atitudes: aplicar o que sabemos para, aí sim, promovermos resultados satisfatórios.

Complicado, porém não impossível, é vencermos a mente sabotadora - bloqueada e sonhadora -, que insiste em nos subjugar com crenças limitantes, tentando fazer crer que nunca sabemos o bastante para transformar nosso conhecimento em sabedoria. Não é aquele que muito sabe quem realmente consegue manifestar a prosperidade – ou o que quer que seja – em sua vida... Mas, sim, aquele que sabe aplicar seu conhecimento, fazendo com que a sabedoria assim manifesta auxilie a si mesmo, assim como às pessoas que estão à sua volta.

Então, que tal começarmos a praticar nossa sabedoria? Eu, aos poucos, estou fazendo a “roda do destino” girar...