Muitos temas, ultimamente, têm versado sobre
autoconhecimento, desenvolvimento espiritual, mudança vibracional... enfim,
assuntos relacionados ao momento atual de sutilização de energia pelo qual a
Terra (enquanto planeta) e nós, seres humanos que a habitamos, estamos
passando. Muito se tem falado da aplicação de técnicas para limpeza energética,
equilíbrio dos chakras, autodefesa psíquica... Mas o que isso tem a ver com cura do espírito e ascensão?
Indícios de que a crise está “batendo à nossa porta” são
indubitáveis: toda vez que uma sociedade humana se aproxima de seu declínio,
sua prosperidade e tecnologia são solapadas pelo caos, desintegração de seus
valores – espirituais, morais, sociais –, anarquia em relação à autoridade,
desestabilidade emocional etc. São vários os fatores que atestam que o fim está
próximo e que a mudança é a única alternativa aceitável.
Negar o que é evidente significa apenas permanecer inerte
diante do inevitável! Então, o que fazer para passar o mais incólume possível por
toda essa transformação? O mais lógico é “transmutar nossas vibrações para
adequá-las às da nova Terra”!
Daí a avalanche de novos gurus que vemos surgir todos os
dias e que prometem a todos, se forem seguidos, mostrar o caminho para a ‘terra
prometida”... O que eles não dizem é que todos os esforços terão de ser
envidados de forma individualizada, já que agora o trabalho tem de ser feito
“cada um por si”.
Fórmulas ancestrais, técnicas empregadas por povos antigos
desde priscas eras, magia, poções, benzimentos – tudo é apresentado como “nova
ferramenta” aos seguidores, a fim de que delas usufruam para alcançar o
desenvolvimento espiritual com que todos almejam. E, quando os resultados
esperados não são obtidos, a desculpa mais ouvida é a de que “ainda não se
chegou ao patamar necessário para que esse conhecimento seja totalmente
absorvido pelos aspirantes”.
Nenhum conhecimento se transformará em sabedoria, a ser
introjetada e aplicada no dia a dia de cada um, se antes a integridade do
espírito não tiver sido recuperada. Isso lhe parece confuso?... Mas não é!
Quando se começou a falar de “O Segredo” – a fórmula mágica
para se obter tudo o que se desejar na vida utilizando somente a capacidade
mental (poder do pensamento e visualização) –, muitas pessoas questionaram a
validade das explicações, pois, mesmo tendo seguido todas as indicações
reveladas, não obtinham os resultados esperados. Problema da fórmula? Da
execução? Ou do executor?
A matriz de um molde, perfeitamente confeccionada, pode não
produzir peças perfeitas, dependendo da matéria prima empregada ou do
funcionário que deve manuseá-la. Do mesmo modo, a fórmula perfeita de “O
Segredo” não será devidamente aplicada por quem trouxer em si bloqueios,
traumas de vidas passadas, pensamentos negativos implementados por terceiros ou
autoinfligidos...
Neste momento em que se busca sutilizar a energia pessoal
para afiná-la com a do planeta, o que fazer? É aí que entra a necessidade de
cura do espírito para que se proceda à ascensão – que nada mais é do que o
aumento do coeficiente de Luz com que nos distinguimos até então.
Como centelhas provindas da Fonte Primordial, trazemos em
nós a Luz na sua essência divina. Diversas encarnações e desenganos depois,
muitos são os véus que toldam esse nosso centro luminoso, exigindo que façamos
esforços para retornar ao nosso brilho original. Assim, quanto mais corrigirmos
as distorções que nos autoimpusemos burlando de alguma forma as leis naturais
da vida, mais íntegro se tornará o nosso espírito.
À medida que reintegrarmos nossas partículas de energia que
se encontram perdidas no tempo/espaço (liberadas indevidamente no decorrer de
nossas existências), mais e mais aumentaremos nosso coeficiente de Luz.
E como foi que “perdemos” essa energia? Geralmente, deixamos
para trás poções de energia agregadas a eventos emocionais, nesta ou em outras
vidas. Perda de entes queridos, mortes violentas, acidentes traumáticos,
violações de direitos, perseguições – a lista de emoções mal resolvidas é
imensa, gerando quase sempre cicatrizes cármicas que demoramos a reconhecer.
A alternativa, então, é utilizarmos mesmo ferramentas há
muito conhecidas pelos seres humanos, mas tendo em vista que o que realmente
importa é sobrepujarmos as imperfeições com que nos revestimos ao longo do
tempo e retornarmos, conscientemente, à Fonte de Luz da qual nos originamos.
Este é o momento de efetuarmos nosso salto quântico em
direção à Luz!